domingo, 19 de novembro de 2017

Puerto Iguazú


Nosso receptivo - Loumar Turismo - tem parceria com uma empresa chamada Iguassu City Tour (assim, com dois esses) que, depois descobrimos, é do mesmo dono. Acabamos comprando um passeio a Puerto Iguazú - cidadezinha no lado argentino da fronteira. A programação previa conhecer o marco argentino da Tríplice Fronteira - são três, um em cada país - um local de conservação ambiental e artesanato indígena, uma feira e, para terminar a noite, um jantar típico argentino.


A primeira parada - La Aripuca - faz pensar. O projeto busca mostrar que a forma como tratamos o planeta está nos colocando numa verdadeira arapuca - armadilha indígena para caçar animais de pequeno porte - e da qual não poderemos escapar. Uma estrutura gigantesca em forma de armadilha nos dá uma ideia do que estamos fazendo... No local, artesanato e "recuerdos" da visita. 


A segunda parada aconteceu no marco argentino da Tríplice Fronteira. Uma surpresa! Um local bem cuidado, com bancas para venda de alimento e artesanato e um chafariz de águas dançantes foram agregados à uma paisagem deslumbrante dos rios Paraná e Iguaçu.  







Quando chegamos a Puerto Iguazu, o guia nos aconselhou a jantar antes de visitarmos a feira, para não pegarmos os restaurantes lotados. Uma boa dica: um jantar excelente, com carnes muito saborosas e atendimento correto.

E fomos à feirinha de Puerto Iguazu! Que decepção! Um monte de barracas de comida ao relento, poucos cuidados com a higiene, um empurra-empurra de gente que não acaba mais. Andamos uma quadra e voltamos! Os produtos tem praticamente os mesmos preços do Brasil e não são diferentes. Nossa aquisição limitou-se a duas caixas de alfajores comprados numa loja de fábrica. 






Samba - Parte 2


Retornamos ao Samba Hotel, dispostos a perder as diárias e correr atrás de outra acomodação. Mas, para nossa surpresa, a recepcionista era outra, e já havia nos trocado de quarto. Agora tinha uma janela (a vista era do estacionamento, nada é perfeito), mas acomodava até três pessoas e tinha água quente central. Ainda tivemos que conviver com toalhas e roupas de cama em péssimo estado, mas pelo menos eram limpas. Embora o Samba fosse longe de tudo, seu restaurante funcionava somente até 21hs e só servia lanches simples.


Era o mesmo local do café da manhã, mas havia uma parede com pé direito duplo, toda envidraçada, exatamente voltada para o sol da manhã, sem nenhuma cortina.  Ou seja, você toma café de óculos escuros, enquanto se bronzeia... Melhor, sente-se de costas para a parede de vidro: não sabemos precisar quanto tempo faz que não são lavados... Conclusão: as coisas não foram mal feitas, mas nunca receberam nenhuma  manutenção, foram estragando, ficando velhas com o uso e nada foi consertado ou substituído. Uma pena.

Samba!



A escolha do hotel foi pela internet. O Samba Hotel parecia bem localizado, tinha umas fotos legais das instalações e um preço comportado. Em viagem de turismo, hotel tem que ter só três coisas: boa cama, bom banho e bom café. No deslocamento até o local, percebemos a primeira falta: a localização - informada como "privilegiada" - era longe de tudo, ficava quase fora da cidade. A segunda foi a recepção: a pessoa que nos recebeu parecia fazer um favor aos coitados aqui. A terceira foi pênalti! O quarto era pouco maior que a cama, não tinha janela. O banheiro tinha o box quebrado, um chuveiro que pingava água, o sanitário solto e a cuba quase caindo. As roupas de cama era puídas e as toalhas esfiapadas. E o pior: tudo já estava pago...

E era isso que o hotel mostrava na internet...
Pessoas idosas tem baixa tolerância à frustração! Cuidadosamente, relatamos os problemas à recepcionista com TPM - vai que ela morde - e ela informou que "ia ver o que dava para fazer". Saímos para o passeio, temerosos de que nossas malas estivessem na calçada quando voltássemos...

Onde ir, como ir, de que jeito voltar...

Foz do Iguaçu tem um sinônimo: Paraguai. Ou melhor compras no Paraguai. Toda a vez que a gente fala que vai viajar para lá, é o que todos lembram. Mas eu não vou à Foz para fazer compras! Tem uma história para ser conhecida lá, grande parte escrita por Deus com Sua natureza, e outra parte escrita pelo homem, com suas construções. É isso que interessa! E as compras? Bem, quer dizer, veja bem, então... enfim!
Para conhecer isso tudo, em pouco tempo e baixo risco (porque velhos se perdem com facilidade), optamos por um receptivo local para nossos deslocamentos. Elegemos a Loumar, e, quer saber? Recomendamos: você vai curtir muito mais! Do momento em que nos receberam no aeroporto até o dia que nos devolveram a ele, foi tudo simplesmente perfeito. Mas isso é uma outra história.

Iguaçu, Iguassu, Iguazu...

Faz tempo que a Tia Iara quer conhecer Foz do Iguaçu, ou melhor, as Cataratas, a Usina de Itaipu, o Parque das Aves, etc. Faz tempo que eu fujo dessa indiada - eu sofro de acrofobia, um medo desmedido de lugares altos - e altura é o que mais tem nas Cataratas e em Itaipu. Mas como tudo na vida tem duas opções, eu também tinha: ou eu ia com ela, ou ela ia comigo. Fui...

domingo, 3 de setembro de 2017

Passeio pela História!


Uma iniciativa bacana, de dois caras determinados, dispostos a oferecer um produto de qualidade. Junte isso a uma história legal de ser contada, acrescente pessoas apaixonadas pelo que fazem. Suba na sua bike e embarque nessa viagem: Isso é o Bike Tour Poa. Iniciado em março de 2017, partiu das cabeças malucas de Mateus Martins e Massimiliano Delazeri fazer um tour de bike, como acontece nas melhores cidades do mundo. Conhecemos seu trabalho num tour que sai do centro de Porto Alegre com destino a Guaíba, cidade do outro lado do estuário do mesmo nome. Uma viagem de 25min em um confortável catamarã nos deixou no terminal hidroviário da cidade. Um passeio de bike, entre ruas planas e aclives, que testam seu preparo físico, nos levam ao cenário de nossa história: um pequeno passeio pela Revolução Farroupilha, uma guerra que durou dez anos entre monarquistas e republicanos. Contada de forma coloquial, em cenários cuidadosamente preservados, por pessoas que se apropriaram dos acontecimentos, vale cada momento.

Nossos corações são tocados por Bolívar e sua mãe Íris, que se revezaram contando os principais momentos da revolução e sua interação com os locais que visitamos. Sem ufanismo, mas com profundo orgulho do passado que representam.

Dona Íris e filho Bolívar 
O cipreste centenário, a casa de Gomes Jardim e as Charqueadas são os principais lugares que contam essa história. Mas a cidade é cheia de pequenos prédios, muito antigos, que testemunharam muito do que nos contaram.
Casa de Gomes Jardim

Cipreste: história ou lenda?

Centro Cultural

Charqueada
Os caras do passeio são Mateus e Massimiliano, vulgo Max. Além de guias competentes (ambos tem formação em Relações Públicas, isso com certeza ajuda...), são parceiros de excelente humor, pessoas de bom astral, sempre preocupados com o bem estar de todos. A organização e os recursos ainda podem deixar a desejar, afinal estão iniciando um projeto novo. Mas seus esforços são comoventes. Uma coisa é certa: já deu certo!