quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tanzaniano da gema

Tanzaniano da gema
No passeio de van encontramos uma figura divertida e interessante ao mesmo tempo: nosso guia, o tanzaniano Martin Nzori. No início da viagem ele nos fez um pedido inusitado: como tinha no grupo pessoas que só compreendiam inglês ou espanhol, queria utilizar somente as duas línguas para se comunicar, a fim de não perder o timming do seu trabalho. Pediu para não utilizar o português. Sorte dele que somos de um país chamado Rio Grande do Sul, metido a besta e que tem um vocabulário próprio e um comportamento peculiar: invadido durante anos por hordas de argentinos e uruguaios, aprendeu na marra a entender o espanhol. Para ele, foi a salvação da lavoura!
Martin falava pausadamente, carregando seu sotaque nas duas línguas. Chegou ao Brasil há 19 anos, depois de residir cinco anos na Dinamarca e outro tanto nos Estados Unidos. Além do espanhol e do inglês, fala mais três dialetos dos mais de vinte de seu país de origem. Era solícito na resposta às questões dos turistas e preocupado com o bem estar de todos. Quase teve um treco quando achou que tinha perdido um casal de ingleses do grupo. Conversava bastante, mas não era intrometido nem inconveniente. Considera-se um carioca, adotado pela cidade que escolheu como morada definitiva. Profissional competente, tinha um conhecimento adequado das informações necessárias ao bom desenvolvimento do seu trabalho e a simpatia necessária para bem executá-lo.

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