sexta-feira, 18 de março de 2011

Tudo pode melhorar!


As crianças de todas as idades desciam rindo sem parar do elevador da Torre Eiffel, como se estivessem voltando do recreio na escola. Caminhamos em direção ao ônibus que já nos aguardava, desviando dos ambulantes que fazem um corredor polonês na saída tentando vender toda a espécie de bugigangas. 


Já chamou a atenção que todos eles são negros, talvez oriundos dos países de colonização francesa na África. Segundo nosso guia, formam uma sub-sociedade, que tem regras próprias e vendem sub-produtos para sobreviver (trocadilho infame, mas real).

O ônibus nos deixou no cais do Bateau Mouche. Deste local saem os melhores e os mais luxuosos passeios pelo Rio Sena. Vamos fazer um tour noturno de aproximadamente 1h15min conhecido como Luzes da Cidade.
Ainda atracados, somos brindados com o primeiro show: as luzes da Eiffel sendo ligadas, aos poucos, até se transformar numa escultura brilhante na noite parisiense. No caminho, prédios, pontes, arcos, nos mostram porque Paris tem o apelido de Cidade Luz.


A visão de Paris a partir do Sena nos mostra uma nova face da cidade. De um ponto de vista mais baixo, com os prédios e monumentos iluminados de forma a emprestar-lhes um  ar de grandiosidade, a visão de Paris passa a ser deslumbrante. Mas mesmo neste caso há um cuidado notável: não há prédios em profusão feéricamente iluminados. As obras de arte e arquitetura que recebem esse tratamento são circundadas por prédios de iluminação normal, fazendo um contraponto de destaque e muito bom gosto.   
Nosso passeio é bico seco, com direito só a olhar. Mais tarde haverá passeios de outras embarcações com música ao vivo, jantar a luz de velas e cardápio requintado, onde só embarcam mulheres de vestidos glamourosos e homens de terno e gravata, trazidos em carros de luxo de seus hotéis ou residências. Preços módicos, a partir de 195 euros. Por pessoa. Mais o molha-mão do maitre por um bom lugar. Mais tax do garçom, de 15%. Mais a gorjeta do motorista. E sei lá mais o quê. Quem pode, pode mais em Paris!

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